De acordo com mapeamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil, são 22 áreas de risco distribuídas em oito Regiões Administrativas. O relatório aponta que a população de Planaltina é a mais afetadas por processos de enxurrada, erosão, deslizamentos e inundação
Um estudo elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) identificou que oito Regiões Administrativas do Distrito Federal (DF) possuem 22 setores de risco geológico. O relatório é fruto de um mapeamento realizado no primeiro semestre de 2022 pelos pesquisadores em Geociências, Deyna Pinho e José Antônio da Silva. O trabalho contou com o apoio da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das Administrações Regionais. Segundo o documento, cerca de 2.100 pessoas habitam, atualmente, áreas sujeitas a processos de erosão, deslizamentos, inundações e enxurradas. O Distrito Federal é dividido em 33 regiões administrativas localizadas no entorno da capital, Brasília. As áreas selecionadas para o estudo foram: Planaltina, Núcleo Bandeirantes, Riacho Fundo I, Sobradinho II, Vicente Pires, Fercal, Sol Nascente e Pôr do Sol, e Arniqueiras. No total, 20 setores foram classificados em risco geológico alto; dois em risco muito alto; além de 525 imóveis e 2.100 pessoas situados em áreas de risco. Os números mais expressivos apontam Sobradinho II, com cinco áreas de risco: três categorizadas como risco alto e duas como risco muito alto. Já Planaltina apresenta, aproximadamente, 416 pessoas e 104 imóveis situados em áreas de risco - o maior número registrado até então. Em seguida, Sobradinho II aparece com 94 imóveis e 376 pessoas, e, logo atrás, Riacho Fundo I com 93 imóveis e 372 pessoas. Os resultados das demais Regiões Administrativas podem ser consultados por meio do estudo, disponível neste link: https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/22910
Além dos 22 setores de risco analisados, o relatório registrou 76 pontos para monitoramento ou observação contínua - aqueles categorizados como risco médio ou baixo. Todas as localidades analisadas, exceto o Núcleo Bandeirante, apresentam predominância de movimentos gravitacionais de massa, com a presença comum de trincas e rachaduras em pisos, paredes de casas sobre aterros, e muros embarrigados. “Como agravantes da situação de risco, a maioria dos setores não possuem infraestrutura urbana, saneamento básico e sistemas de drenagem. Tal situação agrava a formação de processos erosivos na forma de ravinas e voçorocas no final dos acessos, nos pontos de inflexões das áreas de crista, inclusive, com eventos de enxurradas”, diz trecho do relatório.
Conclusão
A análise conclui que o cenário atual é resultado da expansão urbana, combinada com a geomorfologia da região, sendo que a expansão urbana do Distrito Federal, em determinados locais, ultrapassou áreas limítrofes dos topos de planaltos, ocupando áreas de cristas, encostas e rebordos erosivos, originando risco alto de deslizamento, bem como nas áreas de planícies de inundação, próximas aos rios e córregos, ocasionando risco alto inundação. Sendo assim, os pesquisadores avaliam que “se as medidas preventivas, institucionais e de intervenções sugeridas no presente relatório não forem atendidas, poderá haver, em um cenário futuro, uma explosão de setores de alto e muito alto risco em todo o Distrito Federal”. A setorização contempla exclusivamente regiões onde há edificações nas quais há permanência humana, como casas, edifícios, hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais. Dessa forma, regiões não habitadas, como loteamentos em implantação, campos utilizados para atividade esportiva ou agropecuária, terrenos baldios, estradas, pontes, linhas férreas e túneis, não são objeto de mapeamento. Maria Alice dos Santos Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil - CPRM Ministério de Minas e Energia imprensa@sgb.gov.br
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