Iniciativas como o Programa de Risco de Radônio no Brasil e o Programa de Geoquímica Ambiental e Geologia Médica contribuem para promoção da saúde



No Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) destaca a importância de iniciativas como o Programa de Risco de Radônio no Brasil e o Programa de Geoquímica Ambiental e Geologia Médica. As pesquisas realizadas no âmbito dessas ações geram dados importantes para subsidiar políticas públicas que contribuam para diagnóstico e prevenção de doenças, de modo a beneficiar diretamente a população. Com o Programa de Risco de Radônio no Brasil, o SGB busca identificar áreas exposição a essa substância – gás nobre e radioativo, originado do urânio e do tório. O elemento é o maior causador de câncer de pulmão em não fumantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta é subsidiar o país com planos de ação e de como mitigar nas edificações, além de contribuir para reorientar programas de saúde. Já por meio do Programa de Geoquímica Ambiental e Geologia Médica, é desenvolvido o projeto Levantamento Geoquímico Ambiental de Baixa Densidade, que realiza análises no solo, nas águas superficiais, águas de abastecimento público sem tratamento e nos sedimentos de corrente ou de fundo de rios.
Estudos geoquímicos ambientais
Os dados obtidos permitem compreender a distribuição dos elementos químicos. Já foram realizados estudos em 40% do território nacional – uma área de 3.300.000 km². A partir dos resultados, é possível estabelecer parâmetros e identificar anomalias, isto é, alterações na concentração de elementos que indiquem contaminação e impactem negativamente a saúde humana e animal. Essas informações também podem apontar para possíveis causas de doenças que acometem pessoas em determinada região, já que o excesso ou a falta de algum elemento químico pode impactar a saúde. Por exemplo, o selênio é um elemento químico essencial ao organismo humano e é obtido por meio da ingestão de alimentos e água, contato com o solo, resíduos ou ambientes com concentração de selênio na forma de água ou gás. Em excesso, pode causar: artrite, cansaço, halitose, irritabilidade, disfunção renal, desconforto muscular e pele amarelada. Por outro lado, a falta de selênio pode provocar esterilidade feminina, infecções, problemas de crescimento e insuficiência pancreática. Os levantamentos geoquímicos do SGB possibilitam identificar se os níveis desse, e de outros elementos, estão adequados.

Os dados dos levantamentos geoquímicos ambientais são disponibilizados em Atlas Geoquímicos. Até o momento, foram elaborados atlas de 12 estados: Alagoas, Ceará, Espírito Santos, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Sergipe. Além disso, o SGB também já publicou Atlas das Bacias Rio das Velhas (MG), Subaé (BA), Rio Doce (MG), Rio São Francisco (MG) e Rio Paranaíba (GO). Todos os documentos estão disponíveis no Repositório Institucional de Geociências (RIGeo) e podem ser acessados através do link disponível aqui.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O Programa de Geoquímica Ambiental e Geologia Médica está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). As atividades atendem principalmente aos ODSs: 1 – Erradicação da Pobreza; 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável; 3 – Saúde e Bem-estar; 6 – Água Potável e Saneamento; 12 – Consumo e Produção Responsáveis.
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