Brasil e China avançam com planejamento para estudos na área de geociências

15/10/2025 às 20h31
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O Serviço Geológico da China (CGS) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) se reuniram para debater o Plano de Trabalho 2026 referente ao Acordo de Cooperação Internacional entre os países
 

Foto: Raphael Molinaro/SGB

Rio de Janeiro (RJ) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) recebeu, na terça-feira (14), no Escritório no Rio de Janeiro a delegação do Serviço Geológico da China (CGS). O objetivo foi trabalhar na elaboração de Planos de Trabalhos conjuntos para 2026. O esforço é decorrente do Acordo de Cooperação Internacional firmado no final de 2023 entre as instituições, que trata do interesse mútuo em promover a cooperação técnica e científica em geociências.

Na abertura do evento, a diretora de Infraestrutura Geocientífica (DIG), Sabrina Góis, destacou  a importância de fortalecer a parceria: “Nos reunimos para discutir projetos conjuntos, pois o saber geocientífico não pode ficar restrito aos artigos, precisa ser traduzido em avanços para a sociedade, alcançando os tomadores de decisão dos governos e gerando resultados para os cidadãos”. 

A diretora Sabrina Góis destacou ainda que os temas abordados no encontro e constantes do Acordo se conectam à agenda internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos debates que o Brasil sediará na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), no próximo mês: “Nosso objetivo é avançar conjuntamente com a China em temas como transição energética, desenvolvimento da indústria 4.0, sequestro de carbono, segurança alimentar, eventos climáticos extremos, desastres geológicos e segurança hídrica, por exemplo, focando num legado fundamental para ambos os países”.

Foto: Raphael Molinaro/SGB

Na ocasião, o vice-presidente do CGS, Yan Chengyi, celebrou a boa relação de cooperação entre os países, que vem de longa data: “Já são 51 anos de ações diplomáticas, bom relacionamento e parceria estratégica global e construção conjunta entre China e Brasil, por um mundo mais sustentável. Hoje estamos vivendo uma nova fase dourada entre as nações, estreitando ainda mais nossas relações de cooperação”. 

De acordo com Chengyi, “o Brasil possui uma vantagem nacional peculiar e de recursos minerais únicos e o CGS, como parceiro e amigo, está disposto à colaboração em benefício e desenvolvimento mútuos, com o objetivo de fortalecer laços, intensificar a comunicação e promover o intercâmbio entre as nações.” O vice-presidente do CGS também destacou o desejo da China em impulsionar a cooperação no campo de geologia de mineração, “uma vez que os recursos minerais dos dois países são fortemente complementares e é possível buscar alcançar bons resultados pro planeta em estudos internacionais de minerais estratégicos.” 

O Acordo de Cooperação Internacional
Pelo Acordo de Cooperação Internacional, os Serviços Geológicos concordam em realizar atividades com o principal propósito de possibilitar um fluxo bidirecional de conhecimento, informações e pesquisa colaborativa, beneficiando-se da cooperação e da troca de informações, bem como do corpo de trabalho, por meio de estudos conjuntos e pesquisa sobre temas de interesse mútuo no campo das Ciências Geológicas.

Perspectivas 

Durante o encontro, os representantes dos países apresentaram suas organizações, estruturas e recursos de pesquisa, bem como projetos já executados, com destaque para as áreas tema do Acordo de Cooperação. O assessor de Assuntos Internacionais (ASSUNI) do SGB, Rafael Duarte, avalia que as discussões foram positivas e permitirão avançar em temas estratégicos: “Temos muitos pontos de convergência identificados, inclusive com perspectivas de realização de projetos conjuntos e de busca por financiamento junto ao governo chinês. Então, dada a nossa geodiversidade e a nossa competência científica, temos uma grande oportunidade de parceria colaborando com o nosso planejamento para os próximos anos.”  

Foto: Raphael Molinaro/SGB


A programação da comitiva contou ainda com uma visita ao Museu de Ciências da Terra (MCTer) e aos Laboratórios de Análises Minerais (LAMIN), de Hidrologia de Solos (LABHIDROS) e o de Geocronologia e Geologia Isotópica, situados na Urca, Rio de Janeiro.

Tariana Fernandes
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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