Novo estudo do Serviço Geológico do Brasil para prevenção de desastres identificou 69 pontos vulneráveis a movimentos gravitacionais de massa, erosões e processos hidrológicos


O número de áreas de risco geológico aumentou quatro vezes em Resplendor, Minas Gerais. De acordo com mapeamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), realizado entre 23 de maio e 5 de junho, no município existem 69 localidades com risco “alto” ou “muito alto” a movimentos gravitacionais de massa, erosões e processos hidrológicos. No levantamento anterior, de 2014, foram identificadas 16 áreas de risco. O relatório da cartografia de risco, publicado em julho no Repositório Institucional de Geociências (RIGeo), pode ser acessado aqui. Apesar do aumento considerável das áreas de risco, o estudo indica redução no número de casas e de pessoas em locais de vulnerabilidade no território municipal. Atualmente, há 1.259 imóveis e 4.582 habitantes em áreas suscetíveis a processos geológicos – o que representa 26,5% da população da cidade. Em 2014, eram 1.721 casas e 7.940 pessoas em localidades de risco. “A maioria das áreas de risco a deslizamentos é decorrente da construção sem acompanhamento técnico especializado, com imóveis erguidos muito próximos da crista ou da base de taludes de corte, sem serem observadas questões relativas à segurança”, indica o relatório do SGB. Segundo a cartografia do SGB, dos setores de risco, 53 foram classificados como de risco “alto” e 16 “muito alto”. As áreas foram identificadas nos distritos de: Bom Pastor, Calixto, Campo Alegre de Minas e Independência. Na sede municipal, os setores vulneráveis estão nos bairros: Centro, Eucalipto, João Ricardo, Nossa Senhora de Fátima, São Sebastião e São Vicente. Em todo o estado de Minas Gerais, o SGB já realizou o mapeamento de 202 municípios e identificou mais de 2.900 áreas de risco, onde vivem mais de 582 mil pessoas.
Prevenção de desastres
O mapeamento realizado pelo SGB é essencial para subsidiar a tomada de decisões assertivas, relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Além disso, auxilia na definição de critérios para disponibilização de recursos públicos destinados ao financiamento de obras de prevenção e resposta a desastres. Dessa forma, o SGB contribui para reduzir vulnerabilidades sociais e impulsionar o desenvolvimento regional. Esse produto do SGB está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
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