Chuvas na região do Pantanal aceleram o processo de subida dos rios

13/11/2024 às 21h03
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De acordo com boletim do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Ladário (MS) saiu da cota negativa e deve chegar aos 10 cm até a próxima semana 

Fonte: Correio do Estado/Divulgação

Brasília (DF) – Os rios do Pantanal estão em processo acelerado de subida em razão das chuvas na região. No município de Ladário (MS), a cota já saiu da marca negativa e chegou a 2 cm nesta quarta-feira (13). Os dados foram apresentados no 46º Boletim de Monitoramento Hidrológico de 2024 da Bacia do Rio Paraguai do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

De acordo com o pesquisador Marcus Suassuna, assessor da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, apesar da oscilação em alguns momentos, a tendência é de recuperação. “O rio está subindo em média 6 cm por dia, mas como na última semana não choveu na região é esperada estabilização dos níveis. Para a próxima semana, há previsão de muita chuva, e isso deve contribuir para novas elevações”.

A expectativa é que Ladário (MS) alcance a cota de 10 cm até a próxima semana. Esse foi o patamar definido como crítico, considerando os anos mais secos da história. As análises anteriores indicavam que essa marca seria alcançada apenas em dezembro, mas, com as chuvas, o cenário mudou.

Em Barra do Bugres (MT), o rio subiu 21 cm em sete dias e chegou à marca de 68 cm. Neste ano, a estação registrou a mínima histórica de 22 cm. Porto Murtinho (MS), que também registrou a cota mais baixa da história (53 cm), registra 1,02 m.

Apoio aos municípios

Além de monitorar, o SGB também apoia os municípios com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), em períodos de crises hídricas. O SIAGAS é um banco de dados que reúne informações sobre poços perfurados no Brasil, com mais de 371 mil cadastrados, sendo 14 mil na Região Centro-Oeste. 

Disponível para consulta pública, o sistema apresenta informações sobre fontes de águas subterrâneas, ajudando a identificar poços para extração. Esse projeto é fundamental para a gestão de políticas públicas, tanto em nível nacional como estadual e sub-regional.

Parceria

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações e gera dados que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.
 

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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