Rio Paraguai pode chegar à cota mínima histórica em Ladário (MS), neste ano

Rio Paraguai pode chegar à cota mínima histórica em Ladário (MS), neste ano

21/08/2024 às 20h35
 | Atualizado em: 23/12/2024 às 21h43
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Dados atualizados e projeções foram divulgados nesta quarta-feira (21), em novo boletim de monitoramento hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB)

Foto: Lula Marques

Brasília (DF) – A crise hídrica na Bacia do Rio Paraguai avança e confirma as projeções do Serviço Geológico do Brasil (SGB) de que este ano pode ser um dos piores em termos de seca na região, que engloba o Pantanal. De acordo com as projeções, Ladário (MS) – estação de referência – pode chegar às cotas negativas ainda neste mês e atingir as mínimas históricas em 2024. A última cota observada foi de 9 cm. Em duas semanas, o nível do rio baixou 26 cm. Os dados são apresentados no 34º Boletim de Monitoramento Hidrológico da bacia.

“Os níveis atuais em Ladário (MS) são muito semelhantes aos anos das mínimas históricas, quando o rio alcançou níveis entre -50 cm e -61 cm. Como o prognóstico de chuvas não indica um início precoce da estação chuvosa, pelo contrário, o ano de 2024 pode reunir elementos das duas piores secas, com níveis muito baixos e um risco de início tardio das chuvas”, explicou o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna. 

Fonte: SGB

Em todas as estações monitoradas, os níveis estão abaixo do normal para este período, exceto os rios Cuiabá (em razão da operação da Usina Hidrelétrica Manso) e Aquidauana. Na estação de Barra do Bugres (MT), a cota chegou, nesta quarta (21), a 29 cm – a 3ª mínima histórica. A marca está atrás apenas dos anos de 2023 e 1967, quando chegou a 28 cm. Em Cáceres (MT), foi observada a 2ª cota mais baixa da história: 40 cm. O recorde ocorreu em 2021, quando chegou a 24 cm.

Fonte: SGB

As cotas representam valores associados a uma referência de nível local e arbitrária, válida para as réguas linimétricas específicas de cada estação.

Desde fevereiro, o SGB alerta para o cenário de seca no Pantanal, em decorrência do déficit de chuvas na região. Além de realizar o monitoramento, o SGB também apoia os municípios com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), em períodos de crises hídricas. O SIAGAS é um repositório de poços perfurados no Brasil, e sua base tem mais de 371 mil poços cadastrados, com 14 mil poços na Região Centro-Oeste. Disponível para consulta pública, apresenta informações sobre fontes de águas subterrâneas. Desse modo, permite que sejam identificados poços dos quais seja possível extrair água para uso doméstico, industrial, para irrigação ou outras finalidades.


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