Rio Madeira chega à cota mais baixa da história, em Porto Velho (RO)

Rio Madeira chega à cota mais baixa da história, em Porto Velho (RO)

03/09/2024 às 19h56
 | Atualizado em: 03/09/2024 às 21h13
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Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil indica que, nesta terça-feira (3), a cota chegou a 1,02 m, abaixo da mínima histórica, registrada em 2023

Porto Velho (RO) – A seca no Rio Madeira já é a mais severa da história. Nesta terça-feira (3), Porto Velho (RO) registrou 1,02 m – a cota mais baixa observada em quase 60 anos, desde o início da série histórica, em 1967. Essa marca superou a cota de 1,10 m registrada duas vezes, nos meses de outubro e novembro, em 2023. Após atingir esse valor, o rio teve pequena elevação ao longo da manhã, e a última cota observada foi de 1,07 m. Os dados são apresentados no novo boletim de monitoramento hidrológico da bacia, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) na plataforma SACE.

Sem previsões de chuvas para a região, as projeções indicam que o nível do rio deve continuar a descer, agravando ainda mais a crise hídrica. “Estamos acompanhando o cenário e devemos instalar, pela primeira vez na história de Porto Velho, uma régua que vai até a marca 0”, destaca o engenheiro hidrólogo Guilherme Jordão Cardoso, da Residência de Porto Velho (REPO). A instalação da nova régua linimétrica será realizada na quinta-feira (5).

Em outras estações da Bacia do Rio Madeira, também são observadas cotas abaixo da faixa da normalidade. Na estação de Ji-Paraná (RO), a última medição, nesta sexta-feira (3), indicou a marca de 6,12 m. No entanto, no início da semana, a cota chegou a 6,10 m, a 4ª menor da série histórica, atrás das cotas de 6,09 m em 2020; 6,08 m em 1998 e 6,02 m em 2021. 

No município de Nova Mamoré (RO), a cota observada na estação de Jirau Jusante Beni foi 9,32 m, a 5ª mais baixa. Já na estação de Guajará-Mirim (RO), a cota está dentro da faixa da normalidade: 5,72 m.

Desde março, o SGB tem compartilhado as previsões sobre a seca acentuada na Bacia do Rio Madeira, em reuniões institucionais e por meio da emissão dos boletins de monitoramento. As informações apoiam a tomada de decisões que visem reduzir os impactos da seca na bacia, que é uma das principais hidrovias do país. Além disso, são realizados estudos para identificar os melhores locais para a perfuração de poços destinados ao abastecimento público. No estado, existem mais de 4 mil poços cadastrados no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (Siagas).

Parceria

O monitoramento dos rios é realizado a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações da RHN, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. 

As informações coletadas por equipamentos automáticos, ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros, são disponibilizadas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) e, em seguida, apresentadas na plataforma SACE.

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