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Serviço Geológico do Brasil apresentou, nesta quinta-feira (31), o relatório da avaliação técnica pós-desastre
Manaus (AM) – O deslizamento de terras na localidade do Porto de Terra Preta, em Manacapuru (AM), foi provocado pelo fenômeno de “terras caídas”. Esse resultado é apresentado em relatório de avaliação técnica pós-desastre do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado nesta quinta-feira (31). O acidente ocorreu no dia 7 de outubro, às margens do Rio Solimões, e deixou duas vítimas fatais.
Para o trabalho, o SGB vistoriou, entre 8 e 10 de outubro, a área do Porto da Terra Preta ou Porto do Zé Maria, situada ao lado do Terminal Hidroviário de Manacapuru (AM). De acordo com o relatório, foi uma combinação entre a seca extrema que afeta a região, fenômeno de terras caídas e intervenções humanas, provocando fragilidade no solo.
“Os fatores que levaram à ruptura do terreno foram: localização do porto na margem erosiva, onde o Rio Solimões faz a curva, bem em frente à área de deslizamento; presença de minas d’água na base do talude, saturando o solo; aterro lançado sobre os solos instáveis da margem do Rio Solimões, cuja sobrecarga pode ter contribuído para sua desestabilização, somado à descida rápida (e acima da média) do nível d’água, para o período de vazante recorde”, indica o documento.
A diretora Alice Castilho enfatizou que o estudo é essencial para informar sobre a ocorrência do fenômeno na região e orientar gestores públicos para ações preventivas: “É necessário que as autoridades façam monitoramento de áreas mapeadas pelo SGB e não permitam a permanência de flutuantes ou embarcações em lugares delimitados como de alto e muito alto risco geológico a movimentos de massa, principalmente durante as secas extremas”. Além disso, é recomendada a retirada das famílias que vivem em áreas de risco já identificadas pelo SGB.
Durante o trabalho, o SGB também observou trincas no chão e degraus de abatimento nas instalações do terminal hidroviário e terminal de embarque flutuante. Diante desse cenário, foi sugerida a vistoria e análise das instalações por equipes de engenheiros especializados.
O relatório completo está disponível aqui.
O Serviço Geológico do Brasil realiza continuamente, desde 2014, o mapeamento de áreas de risco em todo o país. Os municípios da região amazônica estão entre os atendidos pelos estudos que oferecem informações técnicas para apoiar ações de prevenção de desastres. Nos relatórios, o SGB indica as áreas de risco e a população estimada, que vive nessas localidades.
No Amazonas, foram identificadas mais de 300 áreas de risco, com mais de 105 mil pessoas expostas a desastres. Confira aqui.
Larissa Souza
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