Seca na Região Amazônica
A região Amazônica está passando por um processo de seca severa, com chances de seus efeitos e impactos serem repercutidos em 2024, em razão do processo de El Niño, que provavelmente atingirá seu ápice ao final de 2023, impactando o período chuvoso na região e possivelmente resultando em anomalias negativas de precipitação na região Amazônica.
Os níveis dos rios muito baixos e consequentemente suas vazões reduzidas tem potencial de gerar diversos impactos na região, por exemplo sobre: abastecimento; navegação; estabilidade geológica local, em razão dos fenômenos de terras caídas ocasionados pela diminuição muito rápida dos níveis de águas; e processos ecológicos, levando à mortandade de peixes em razão do reduzido espaço para circulação, elevação da carga orgânica e também das temperaturas das águas. Todos esses exemplos de impactos geram uma série de consequências para as populações ribeirinhas e para a economia regional.
O Serviço Geológico do Brasil - SGB tem adotado uma estratégia abrangente de monitoramento das secas na Amazônia. Isso inclui a criação de um boletim periódico de monitoramento hidrológico que abrange toda a região. Esta iniciativa orientará campanhas de campo para a realização de medições de vazão em cotas críticas e ampliará nosso leque de produtos e ferramentas de monitoramento, incluindo as baseadas em sensoriamento remoto. Além disso, o SGB participa ativamente de vários fóruns sobre o tema, destacando-se as reuniões nas salas de crise promovidas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA. Essa atuação visa fornecer informações essenciais que poderão subsidiar a tomada de decisão diante de situações de seca na região Amazônica.
SACE: A Plataforma do Sistema de Alerta Hidrológico
Confira os boletins de monitoramento e alerta do Sistema de Alerta de Eventos Críticos, contendo previsões de níveis dos rios, dados de chuva e níveis dos principais rios da Região Amazônica.
Fóruns de debates sobre a Seca na Região Amazônica
O SGB tem participado de fóruns sobre a Seca na Região Amazônica.
Sala de Crise: coordenada pela Agência Nacional de Águas - ANA
- 5ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte
- 4ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte
- 3ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte
- 2ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte
- 1ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte
Sala de Situação sobre Abastecimento de Combustíveis na Região Norte do Brasil - Ministério de Minas e Energia
- 10ª Reunião (03/11/2023)
- 9ª Reunião (31/10/2023)
- 8ª Reunião (27/10/2023)
- 7ª Reunião (24/10/2023)
- 4ª Reunião (13/10/2023)
- 3ª Reunião (11/10/2023)
- 2ª Reunião (09/10/2023)
Produtos de Prevenção de Desastres Disponíveis na Região Amazônica
O SGB produz mapas que identificam áreas urbanas sujeitas a risco alto e muito alto a movimentos de massa e inundações. No caso da região Amazônica, quando há variação brusca dos níveis dos rios na recessão, há possibilidade de movimentos de massa das margens em grande proporção, fenômeno conhecido como terras caídas.
Acesse as informações sobre estes produtos:
O SGB realizou Avaliação Técnica Pós-Desastre na Vila de Arumã, no município de Beruri (AM).
Para saber mais, clique aqui:
Rede Hidrológica Nacional
A Rede Hidrológica Nacional - RHN é gerenciada pela Agencia Nacional de Águas e Saneamento e operada em grande parte pelo SGB. Os dados desta rede são a base do conhecimento hidrológico e usados por exemplo para: avaliação da disponibilidade hídrica, dimensionamento de estruturas de aproveitamento de recursos hídricos, operação de sistemas de alerta de eventos críticos e gerenciamento de recursos hídricos.
Acesse os dados telemétricos das últimas 48h: RHN.
O SGB tem realizado campanhas para medições de vazões desta seca histórica desde 1/09/2023, o que contribuirá não só para o registro do evento, mas para melhorar a definição das curvas chaves no seu ramo inferior, o que resultará em informações de maior confiabilidade para o gerenciamento e dimensionamento de estruturas de aproveitamento de recursos hídricos.
Veja as vazões medidas e as vazões mínimas históricas já registradas, assim como as cotas para interesse da navegação: Estiagem na Região Amazônica:
SIAGAS
O SGB possui o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS que consiste num repositório de poços perfurados no Brasil. Este sistema é importante numa seca severa para identificação de poços que poderão ser usados como fonte de abastecimento.
Acesse: SIAGAS.
Para auxiliar os municípios da bacia Amazônica na identificação de fontes de abastecimento por água subterrânea durante a seca extraordinária de 2023/2024, o SGB-CPRM apresenta mapas hidrogeológicos por município com os poços existentes cadastrados no SIAGAS. CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR OS MAPAS.
RIMAS
O SGB mantém a Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas – RIMAS nos principais aquíferos sedimentares livres brasileiros.
Para acompanhar a evolução do nível dos aquíferos da Região Amazônica acesse: RIMAS.