Bacia Amazônica 2023/2024

Bacia Amazônica 2023/2024

Região Amazônica

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográficas do mundo, cobrindo uma vasta extensão territorial que se estende por nove países sul-americanos. Essa imensidão contribui para a diversidade geográfica e climática da região, influenciando diretamente o regime hidrológico. O período chuvoso na bacia amazônica varia significativamente de uma região para outra, devido às diferenças de padrões climáticas. Enquanto algumas áreas recebem chuvas intensas durante a maior parte do ano, outras têm estações mais definidas, com períodos de seca e chuva bem marcados. Essa variabilidade no regime de precipitação resulta em diferentes padrões de vazões ao longo do ano, tornando crucial o acompanhamento específico de cada região para compreender e gerenciar adequadamente os recursos hídricos.

Ao acompanhar a situação de diversas regiões da bacia amazônica, é essencial considerar as particularidades de cada área em relação ao seu regime hidrológico. Enquanto algumas regiões podem enfrentar cheias sazonais devido às intensas chuvas, outras podem estar enfrentando estiagens prolongadas, influenciando diretamente a disponibilidade de água, os ecossistemas locais e o transporte aquaviário. Além disso, as variações no regime hidrológico podem impactar significativamente as comunidades humanas que dependem dos recursos hídricos para subsistência, agricultura e atividades econômicas. Portanto, compreender as diferentes dinâmicas de precipitação em cada região da bacia amazônica é fundamental para a gestão sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

Desta forma o Serviço Geológico do Brasil está acompanhando e realizando previsões de níveis em diferentes bacias. Abaixo podem ser acessados os links do acompanhamento dessas diferentes bacias.

Sistema de Alerta da Bacia do rio Madeira

Na Bacia do rio Madeira o período chuvoso termina em torno do mês de abril e estão sendo verificados níveis baixos para esse período do ano. Mais informações podem ser acessadas nos boletins semanais (https://www.sgb.gov.br/sace/madeira).

Sistema de Alerta da Bacia do rio Branco

Na Bacia do rio Branco estão sendo observados níveis mínimos históricos para esse período do ano e o período chuvoso inicia em abril, enquanto o pico das cheias acontece entre meados de junho e julho. Ao longo desse período são emitidos boletins com previsões em casos de risco de inundações (https://www.sgb.gov.br/sace/branco).

Sistema de Alerta da Bacia do rio Acre

O período de cheia da bacia do rio Acre termina agora em abril e inicia-se o processo de estiagem. O acompanhamento desta bacia pode ser encontrado no seguinte link: (https://www.sgb.gov.br/sace/acre)

Sistema de Alerta da Bacia do rio Xingu

O período de cheia da bacia do rio Xingu termina em maio, quando se inicia o processo de vazante. O acompanhamento desta bacia pode ser encontrado no seguinte link: https://www.sgb.gov.br/sace/xingu

Sistema de Alerta da Bacia do rio Amazonas

As informações de forma geral podem ser acessadas no site do Sistema de Alerta da Bacia do rio Amazonas, bem como as previsões de níveis para o período de cheias para a região próxima a Manaus. https://www.sgb.gov.br/sace/amazonas

Seca na Região Amazônica em 2023

A região Amazônica passou por um processo de seca severa em 2023, com chances de seus efeitos e impactos serem repercutidos em 2024, em função das anomalias negativas de precipitação registradas na região no período chuvoso 2023/2024.

Os níveis dos rios muito baixos e suas vazões reduzidas tem potencial de gerar diversos impactos na região, por exemplo sobre: abastecimento; navegação; estabilidade geológica local, em razão dos fenômenos de terras caídas ocasionados pela diminuição muito rápida dos níveis de águas; e processos ecológicos, levando à mortandade de peixes em razão do reduzido espaço para circulação, elevação da carga orgânica e também das temperaturas das águas. Todos esses exemplos de impactos geram uma série de consequências para as populações ribeirinhas e para a economia regional.

O Serviço Geológico do Brasil - SGB tem adotou uma estratégia abrangente de monitoramento das secas na Amazônia. Isso incluiu a criação de um boletim periódico de monitoramento hidrológico que abrangeu toda a região. Esta iniciativa orientou campanhas de campo para a realização de medições de vazão em cotas críticas e ampliou nosso leque de produtos e ferramentas de monitoramento, incluindo as baseadas em sensoriamento remoto. Além disso, o SGB participou ativamente de vários fóruns sobre o tema, destacando-se as reuniões nas salas de crise promovidas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA. Essa atuação forneceu informações essenciais que auxiliaram a tomada de decisão diante de situações de seca na região Amazônica.

Produtos de Prevenção de Desastres Disponíveis na Região Amazônica

O SGB produz mapas que identificam áreas urbanas sujeitas a risco alto e muito alto a movimentos de massa e inundações. No caso da região Amazônica, quando há variação brusca dos níveis dos rios na recessão, há possibilidade de movimentos de massa das margens em grande proporção, fenômeno conhecido como terras caídas.

Acesse as informações sobre estes produtos:


O SGB realizou Avaliação Técnica Pós-Desastre na Vila de Arumã, no município de Beruri (AM).

Para saber mais, clique aqui:

Rede Hidrológica Nacional

A Rede Hidrológica Nacional - RHN é gerenciada pela Agencia Nacional de Águas e Saneamento e operada em grande parte pelo SGB. Os dados desta rede são a base do conhecimento hidrológico e usados por exemplo para: avaliação da disponibilidade hídrica, dimensionamento de estruturas de aproveitamento de recursos hídricos, operação de sistemas de alerta de eventos críticos e gerenciamento de recursos hídricos.

Acesse os dados da RHN em https://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas.

O SGB realizou campanhas para medições de vazões desta seca histórica desde 1/09/2023, o que contribuiu não só para o registro do evento, mas para melhorar a definição das curvas chaves no seu ramo inferior, o que resultou em informações de maior confiabilidade para o gerenciamento e dimensionamento de estruturas de aproveitamento de recursos hídricos.

SIAGAS

O SGB possui o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS que consiste num repositório de poços perfurados no Brasil. Este sistema é importante em eventos críticos para identificação de poços que poderão ser usados como fonte de abastecimento.

Acesse: SIAGAS.

Para auxiliar os municípios da bacia Amazônica na identificação de fontes de abastecimento por água subterrânea durante a seca extraordinária de 2023/2024, o SGB-CPRM apresenta mapas hidrogeológicos por município com os poços existentes cadastrados no SIAGAS. CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR OS MAPAS.

RIMAS

O SGB mantém a Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas – RIMAS nos principais aquíferos sedimentares livres brasileiros.

Para acompanhar a evolução do nível dos aquíferos da Região Amazônica acesse: RIMAS.

  • Imprimir