Seminário debate Mineração na Amazônia

Terça-feira, 09 de agosto de 2022

Seminário debate Mineração na Amazônia

O evento teve como tema a “Mineração nos Rios da Amazônia e Outros Ilícitos Ambientais” e aconteceu entre os dias 26 a 28 de julho e contou com apresentações, debates e integrações

Gerente de Geologia Recursos Minerais e palestrante, Antonio Charles da Silva Oliveira

O SGB-CPRM participou do II Seminário sobre Mineração Ilegal na Amazônia, que aconteceu entre os dias 26 e 28 de julho, com o tema ‘Mineração nos Rios da Amazônia e Outros Ilícitos Ambientais’ - com o objetivo de debater atividades minerais ilegais na região.

Organizado pelo CENSIPAM, o seminário contou com diversas instituições, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Chico Mendes de Proteção da Biodiversidade-ICMBIO, Exército Brasileiro representado pelo Comando Militar da Amazônia, dentre outros órgãos.

A diretoria do SGB-CPRM foi representada pelo Superintendente Regional de Manaus, Marcelo Batista Motta, e contou com a palestra do Gerente de Geologia de Recursos Minerais, Antônio Charles da Silva Oliveira, com a apresentação “Origem do Ouro nos Rios Amazônicos”, em que explicou a presença do mineral na região amazonense.

O gerente destacou sobre a busca do SGB-CPRM ao entendimento das áreas com presença de ouro para verificar quais são as assinaturas isotópicas e as características morfológicas que ajudarão no quesito, gênese, transporte e proveniência, e que está trabalhando em um ACT, em conjunto com a Polícia Federal, visto que seu grupo pericial está conduzindo análises também em materiais apreendidos

Charles traçou um panorama geral sobre mineralizações auríferas e possíveis fontes para depósitos nos rios da Amazônia, dando destaque ao Projeto Ouro Brasil (DIGECO-DEREM) - que desenvolve metodologias e banco de dados da assinatura do ouro nas principais províncias e distritos auríferos no Brasil - e que tem como áreas piloto o Rio Madeira, Tapajós e Quadrilátero Ferrífero.

Superintendente Regional de Manaus Marcelo Batista Motta.

Marcelo Motta salientou que o evento configura como uma ação de extrema relevância para a Amazônia como um todo, visto que os Estados e seus órgãos envolvidos passam a conhecer melhor as atividades de cada ator convidado, o que reforça ainda mais a necessidade de trabalhos coordenados e a formalização de parcerias.

Motta ainda comentou a apresentação de Charles sobre o panorama mundial para os depósitos e ocorrências de ouro conhecidos, bem como sua distribuição em parte da região norte do território brasileiro com foco nos depósitos do Tapajós, Juma e Gavião, além das ocorrências na bacia sedimentar do Solimões e Amazonas, áreas de São Gabriel da Cachoeira e a Noroeste do Estado de Roraima.

“Na abordagem foi mostrado aos participantes que a origem primária (gênese) do ouro está relacionada a rochas formadas a milhares de anos, por atividades geológicas, que envolveram o transporte e hospedagem de fluidos mineralizados em rochas. Ex: Granitos fraturados com veios de quartzo mineralizado”, disse.

O Superintendente complementou ao dizer que o SGB-CPRM tem sido grande aliado na geração de conhecimento e enalteceu as ações da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) pelo desenvolvimento de projetos na região, bem como agradeceu os demais órgãos convidados por fazerem referências e reconhecerem os trabalhos desenvolvidos atualmente e ao longo de décadas pela empresa.

Arthur Vilela
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Ministério de Minas e Energia
imprensa@cprm.gov.br
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