Segunda-feira, 04 de dezembro de 2023
Países Ibero-Americanos trocam experiências para gestão de passivos ambientais da mineração
Ao longo do workshop, especialistas de diversos países, entre eles Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Honduras, México e Portugal trocaram experiências, além de terem compartilhado as práticas que têm sido adotadas para a recuperação das áreas afetadas por atividades mineradoras.
Esse intercâmbio internacional teve o objetivo de propor alternativas aos serviços geológicos que atuam na avaliação do impacto dos passivos ambientais, assim como na reabilitação ambiental. “Vamos aperfeiçoar os conhecimentos em metodologias para inventariar, avaliar e gerir esses passivos nos países integrantes da ASGMI”, ressaltou o secretário-geral da ASGMI, Vicente Gabaldón.
A experiência brasileira
“É um assunto que deve ser muito debatido no mundo porque é necessário promover um inventário dos passivos ambientais da mineração”, destacou a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho. Ela ressaltou que o SGB já atua na recuperação de áreas de responsabilidade da União. Desde 20108, o SGB é o responsável pelas ações de recuperação ambiental de áreas degradadas por carvão na Bacia Carbonífera de Santa Catarina.
O chefe do Departamento de Gestão Territorial (DEGET), Diogo Rodrigues, acrescentou que: “ao promover o evento com a ASGMI, temos a oportunidade de mostrar o que é desenvolvido pelo SGB e promover um intercâmbio técnico que possibilite a melhoria de práticas na gestão e remediação destes passivos”.
Segundo a chefe da Superintendência de Porto Alegre do SGB, Lucy Takehara, o principal resultado das discussões é auxiliar na construção de caminhos para um trabalho integrado na recuperação dos passivos. Ela ressalta que “as boas práticas de um país poderão ser aplicadas em outros”.
Visita de campo à Bacia Carbonífera
Os pesquisadores visitaram a obra de recuperação ambiental denominada de Área Itanema I, situada no distrito de Santana, em Urussanga (SC). A área possui dimensão de 77 hectares e foi minerada na década de 1970 pela carbonífera Treviso S/A. A mineração a céu aberto consistia no desmonte das camadas superiores ao carvão, que eram depositadas em pilhas de material estéril e, quando expostas, provocam a contaminação das águas na região.
Atualmente a obra está na fase de remodelamento do material estéril, o que deixará a área mais plana para depois receber a cobertura seca (que impermeabiliza o material contaminante), além de sistema de drenagem e, por fim, a cobertura vegetal. O prazo de execução da obra é de 36 meses.
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