PLANO DECENAL 2025-2034

A ampliação da cobertura de mapeamento geológico do país é fundamental para atrair investimentos em prospecção e pesquisa mineral, uma vez que os levantamentos geológicos, geofísicos e geoquímicos constituem uma tríade indispensável para reduzir o risco exploratório, e subsidiar a descoberta de novos depósitos minerais. Também é importante destacar a importância do conhecimento geológico para outras atividades derivativas, como a pesquisa e o gerenciamento de recursos hídricos, as ações que visam o ordenamento e ocupação do espaço físico, e como suporte e indutor das atividades de ensino e pesquisa em Geociências.

Para planejamento do período 2025-2034 são priorizadas as escalas de referência 1:250.000 1:100.000 para o mapeamento sistemático, pelo entendimento de que a primeira é fundamental nas áreas de mais baixo conhecimento geológico, e de que a segunda é a escala mínima para avaliação de potencial e para subsidiar estudos de favorabilidade mineral.

No entanto, é mantida a perspectiva de cartografia geológica em escalas de maior detalhe, de acordo com necessidades e demandas do país.

As principais premissas adotadas no planejamento 2025-2034 são:

  • Manutenção das escalas 1:250.000 e 1:100.000 como principais referências, mas com flexibilidade para mapeamento de maior detalhe (1:50.000 e 1:25.000), de acordo com as demandas ao longo do período.
  • Ampliação da cartografia 1:100.000 em províncias minerais, distritos mineiros e áreas de mais alto potencial para novas descobertas minerais.
  • Ampliação da cartografia 1:250.000 em setores de mais baixo conhecimento geológico, especialmente nas porções mais interiores da Amazônia e bacias sedimentares fanerozoicas.
  • Seleção e priorização de áreas para mapeamento com base no interesse geológico, sem restrições conceituais rígidas para áreas amazônicas ou não amazônicas.
  • Grandes áreas com restrições de acesso, como Terra Indígenas e Unidades de Conservação de Proteção Integral, não são consideradas no processo de hierarquização de prioridades.

Como ferramenta de priorização de áreas para mapeamento foi aplicado o método AHP (Analytic Hierarchy Process), com vistas ao planejamento estratégico voltado para a otimização dos levantamentos geológicos, ampliação do conhecimento em áreas com maior atividade mineral, direcionamento de ações técnico-científicas e aplicação racional de recursos.

Três cenários de expansão do recobrimento da cartografia geológica foram considerados na construção do planejamento decenal, considerando incremento progressivo da capacidade operacional do Serviço Geológico do Brasil e de orçamento destinado para este fim.

Cenário 1: Considera a atual capacidade operacional para execução de mapeamento geológico sistemático, frente a outras demandas existentes e à média dos anos recentes de disponibilização orçamentária para projetos de cartografia geológica. Neste cenário é previsto o mapeamento de 150 folhas cartográficas, das quais 70 folhas indicadas como Prioridade 1 já estão atualmente sendo trabalhadas, em diferentes estágios de evolução dos projetos, alguns iniciados em 2024, com conclusão nos próximos anos.

Cenário 2: Neste cenário são acrescentadas 50 folhas, totalizando 200 folhas cartográficas para mapeamento sistemático nas escalas de referência.

Cenário 3: Neste cenário é previsto o mapeamento de 300 folhas cartográficas, portanto, com 100 folhas adicionais em relação ao cenário 2.